Avaliando Necessidades de Treinamento: Experiência de Trabalho e Capacidade Importam?
- Marcela Peterson

- 3 de dez.
- 1 min de leitura

Eric A. Surface
Erich C. Dierdorff
Palavras-chave: Necessidades de Treinamento, Experiência de Trabalho, Capacidade, Análise de Necessidades, Desempenho
O Estudo: O estudo investigou se a experiência prévia no trabalho e a capacidade dos indivíduos influenciam suas percepções de necessidade de treinamento e seu desempenho. Utilizando uma amostra composta por trabalhadores com níveis variados de experiência e de capacidade, os autores analisaram se a experiência laboral e as habilidades existentes afetam a precisão com que os profissionais identificam carências de treinamento e se essas características estão relacionadas a diferenças reais de desempenho.
Principais Resultados: A experiência de trabalho contribuiu para melhorar o desempenho, mas não previu de forma consistente a capacidade dos indivíduos de reconhecer suas próprias necessidades de treinamento. A capacidade individual teve forte associação com desempenho superior, porém aqueles com maior capacidade tendiam a subestimar suas necessidades de desenvolvimento, enquanto indivíduos com menor capacidade superestimavam essas necessidades. Assim, a precisão da autoavaliação não acompanhou necessariamente experiência ou capacidade. Os resultados indicam que julgamentos individuais acerca das próprias necessidades podem ser enviesados e que medidas objetivas permanecem essenciais.
Implicações Práticas: Organizações devem ter cautela ao confiar exclusivamente na autoavaliação dos colaboradores para identificar necessidades de treinamento. Processos formais de avaliação, instrumentos validados e feedback estruturado devem complementar a percepção individual. A compreensão de como experiência e capacidade interagem pode ajudar as organizações a direcionar intervenções de desenvolvimento mais eficazes e alinhadas ao desempenho real.
Referência: Surface, E. A., & Dierdorff, E. C. (2008). Assessing training needs: Do work experience and capability matter? Human Resource Development Quarterly, 22(3), 273–304.



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